• 26 set 2018
Só os melhores dos melhores! Na contagem regressiva para o Music Video Festival, preparamos uma playlist com os quinze finalistas nacionais que concorrem ao m-v-f- awards deste ano. Foram mais de 800 trabalhos nacionais e internacionais inscritos, com uma qualidade audiovisual altíssima. Para você entender do que estamos falando, vamos trazer algumas informações dos quinze destaques.
Bruno Bruni – “Linda” – Direção: Pizzar Studios > Um fim de relacionamento pode ser dramático, mas o artista paulistano decidiu encará-lo com outros olhos, entendendo as mudanças com muito bom humor em uma animação super criativa.
Francisco el hombre – “Tá com dólar tá com deus” – Direção: Los Pibes > Aqui, a banda tece uma crítica mordaz à submissão das pessoas ao cotidiano repetitivo e improdutivo. A crítica se faz por meio do enredo, no qual o personagem principal é praticamente uma marionete do sistema e segue sua vida medíocre sem nenhum questionamento.
Gui Hargreaves – “Colagem” – Direção: Guima Romeiro > No clipe multicolorido que brinca com diversas colagens, as imagens ganham vida. Com muita sensibilidade, a produção digitaliza peças físicas e as transfigura de maneira contínua numa espécie de dança audiovisual.
Joe Silhueta – “Lambida” – Direção: André Miranda > O sexo oral feminino voltou a ser pauta! O vídeo pega pela sensibilidade ao mostrar um casal da terceira idade, interpretados por Paula Passos e Lino Ribeiro, realizando os afazeres diários sem deixar o prazer de lado.
Johnny Hooker part. Liniker – “Flutua” – Direção: Ricardo Spencer > Com duração de 7 minutos, o clipe conta com os atores Jesuíta Barbosa e Maurício Destri. Os dois interpretam deficientes auditivos que se apaixonam e querem viver uma história romântica, mas sofrem os preconceitos de uma sociedade homofóbica. Vale lembrar que o vídeo foi coproduzido pelo m-v-f-.
Juliano Gauche – “O Clarão” – Direção: Gustavo Vargas > O clipe que tem o formato de trailer traz recortes de uma história tensa, cheia de mistério, surrealismo e personagens emblemáticos.
Marrakesh – “Moonhealing” – Direção: Fernando Moreira > Não sabemos explicar exatamente o que, mas a produção desperta algo em nós. Algo inquietante, talvez lúgubre e enigmático.
Não Recomendados – “Não Recomendados” – Direção: Leandro HBL > O vídeo vem carregado de um discurso político que busca potencializar as minorias e o indivíduo marginalizado. Quem estrela a produção são mulheres da casa Florescer, centro de acolhida para trans e travestis da região da Cracolândia. O vídeo também faz uma homenagem aos parangolés de Hélio Oiticica, um dos maiores artistas plásticos da década de 80.
Nina Fernandes – “Cruel” – Direção: Irmãs Fridman > Rodado no litoral Sul de São Paulo e em Campos do Jordão, em três diárias, o clipe mostra a artista em diversas situações lúdicas que contextualizam com perfeição a letra da música.
Paula Cavalciuk – “Morte E Vida Uterina” – Direção: Daniel Bruson > Assim como a faixa, o vídeo fala sobre puberdade feminina e processos de amadurecimento, mostrando uma menina que se torna mulher. Durante o processo ela é destruída e reconstruída muitas vezes. A animação em stop motion utiliza objetos cotidianos como folhas secas, botões, recortes de revistas, jornais, fotografias, lãs e correntes. Há também uma metáfora sutil resiliência.
Labaq – “19” – Direção: Labaq > A obra traz imagens abstratas e de relação interpessoal e aborda a necessidade de quebrar barreiras problemáticas da sociedade, celebrando as diferenças e o amor universal.
Rincon Sapiência – “A volta pra casa” – Direção: Kill The Buddha > O vídeo apresenta de uma maneira muito sensível e poética o cotidiano do trabalhador brasileiro, os medos, perigos e as dificuldades que enfrentam bravamente para alcançarem seus objetivos e realizarem seus sonhos.
Tagua Tagua – “Rastro de Pó” – Direção: Douglas Bernardt > Clipe e canção se comunicam, trazendo o embate entre o velho e o novo, a tradição e o moderno. Na técnica de câmera e edição e na estética sonora, ambos contemporâneos e plásticos, e também nos sentimentos que nascem a partir dali, uma aflição antiga, do perigo, que parece já nascer com a gente.
Tim Bernardes – “Recomeçar” – Direção: André Dip e José Menezes > Como um convite a explorar as angústias e conflitos particulares do cantor, os visuais revelam extrema delicadeza, num precioso labirinto de sensações. O clipe foi todo filmado em película e acompanha o músico no processo de desconstrução de um piano, numa simbólica referência a se abrir/desmontar para o mundo.
Ubunto – “Tipo Nada” – Direção: ELXVA > O clipe é repleto de elementos como realismo x fantasia, sensibilidade x aflições e narra a história de uma criança que imagina a sua família sendo despejada do local aonde moram. O clipe foi produzido dentro de uma ocupação no centro de São Paulo e os atores são os próprios moradores.
Lembrando que o júri especializado do m-v-f- awards 2018 é composto pelo diretor Johnny Araújo, a diretora carioca Sabrina Fidalgo e o diretor mexicano radicado em NY, Carlos Lopez Estrada. A premiação acontece no domingo, 30 de setembro a partir das 20h30. Para conferir a programação completa, clique aqui.
Por Jessica Di Risio
Em 26 de setembro de 2018