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• por Lia Vissotto ,30 jun 2023

“Inside the blind Iris” e o cinema de Douglas Bernardt

“Inside the blind Iris” é o novo trabalho autoral do diretor brasileiro Douglas Bernardt, que acompanhamos desde 2018, quando o clipe “rastro de pó”, da banda tagua tagua, ficou entre os finalistas do m-v-f- awards.  Dali em diante foram prêmios sem fim: “bluesman”, de baco exu do blues, angariou, além da categoria “melhor direção em videoclipe nacional” do m-v-f- awards 2019 (feito repetido com “braços/vela”, de l’homme statue, em 2020) inúmeros prêmios ao redor do mundo, incluindo um Grand Prix no Cannes Lions e ouro no Ciclope Latino. No ano passado, foi a vez de “sonho”, de nego bala, levar o prêmio de “melhor videoclipe nacional”, depois de um notável reconhecimento na crítica e imprensa estrangeira.

Com um corpo de trabalho em comerciais e videoclipes – inclusive para artistas estrangeiros como Arlo Parks, Gregory Porter e Masego, Douglas se supera nesse novo trabalho que traz ainda a direção artística e coreografia assinada por Botis Seva, vencedor do prêmio Olivier. O filme é resultado de uma parceria da Far From The Norm e a Stink Films, e catapulta Douglas em direção ao pódio dos poucos diretores que reúnem técnica, sensibilidade e ousadia. E que bela cinematografia! De acordo com Douglas, Botis e a talentosa equipe do curta, trata-se de “um filme experimental de dança cinematográfica, onde a linguagem corporal, luz, VFX, o trabalho de câmera e design gráfico são usados para contar uma história de opressão e ausência de pertencimento.”

O vídeo foi comissionado pela Sadler’s Wells, uma organização mundial criada em torno da dança.

Confira!